Actividade 27/28 - MONTES

Casa de Montes 2008

7h30, Dia 27 de Dezembro, mochila as costas, partimos rumo a Vila Real.

Estávamos 9 elementos, ainda com os olhos de sono e não imaginávamos mesmo o que nos esperava!

NEVE! Ao chegar a Vila Real, reparamos que estava mau tempo, e depois de começarmos a viagem para a aldeia de Montes começamos a ver neve, cada vez mais!

A viagem tornou-se logo uma animação, já adivinhávamos o que nos esperava. As casas branquinhas, campos e arvores cobertos, muito muito frio!

Dito e feito. Ao chegar, ao parar de andar o frio apoderou-se logo! Toca a vestir o material todo possível e imaginário para retirar frio, abrir a casa e ir ver a neve. Foram assim os primeiros minutos de uma actividade que prometia… A telhada, aí sim… que vista! Disse eu, a agradecer por ali estar: “Nada paga isto!”.

Voltamos à casa… e abrimos o acampamento agradecendo a Deus tudo aquilo e apelar pela nossa União e Felicidade.

Ainda a tarde estava a começar quando nos visitou a nossa estrangeira Susana! Veio passar o Natal há terra e, com certeza, com saudades de acampar. Foi logo o pretexto para voltar a telhada. Com direito à bela da guerra de neve vocacionada para encher o Costa de “Autites” (LOL) de tantas bolas de neve que o atingiram.

A aldeia estava a ser alvo de uma tempestade de neve. Tudo cada vez mais branco e cada vez mais difícil de sairmos de lá. Então, por isso, a Susana teve de ir para sua casa e nós voltamos ao trabalho! De novo em casa, lareira acesa, mantas e camisolas.

Plano anual feito, muita animação interna :P e dois frangos no valor de cerca de 15 € (frangos reais, de campo com comida seleccionada :P) Comida quente, que maravilha…

Seguiu-se uma “Tavola” com o tema do acampamento: PARTILHA.

O primeiro dia terminou, e esperava-nos um longo caminho. Tínhamos que chegar a Vila Real pelo mais nobre dos meios de transporte. A pé!

17 km numas 3h e 30 foi o nosso ultimo dia. Depois da casa impecavelmente arrumada pusemo-nos a caminho. A neve a descongelar e o tempo a passar! Sem parar seguimos a Nacional até Vila Real.

E assim foi um fim de semana cheio de animação, frio… e na tentativa de Partilha, Rumo ao Conhecimento…

Com Saudades,

TC

Feliz Natal!

Jesus hoje
num qualquer canto do terceiro mundo.
Reis, não terá em adoração
talvez algum chefe da guerrilha
se comova com o choro daquele frágil ser.
Mais um miúdo, afinal, para morrer cedo.
Pastores, talvez
que ainda os há, de olhos doridos
e mãos sem ofertas.
A vida depende das contas bem certas.
Menino com fome, doenças
fugindo das minas, das bombas, das balas
dormindo ao de leve, sem sono profundo.
Se o avião que passa não acertar na gruta
se outra guerrilha não olhar o pardieiro
se escapar à doença
se encontrar comida
dirá a mensagem ao mundo inteiro.
Não terá apóstolos, chega a televisão.
Expulsará os vendilhões
que lhe infestam os templos
políticos, lobbies, multinacionais
e outros que mais.
Dirá:
Amai-vos uns aos outros!

E morrerá assassinado num qualquer buraco
que amor é palavra punida hoje em dia
como naquele tempo
em que, com estrela, reis e pastores
num pequeno estábulo de Belém
um natal de esperança acontecia.

(Este poema foi escrito para as Noites de Poesia em Vermoim)

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